Quando eu era jovem, achava aquilo tudo um exagero. Hoje acho falta. Os santos cobertos, ares de respeito e reflexão, rádios e TVs desligados. Íamos à igreja na quinta para o lavapés, na sexta para a celebração da Paixão e para a procissão, no sábado para a missa de aleluia. Vivíamos a Páscoa. Mas todos o fazíam. Sempre achei um pouco incoerente a delícia do bacalhau da minha mãe ser em um dia de tristeza e uma ponta de culpa (bem cristã) por tanto prazer em comê-lo.
Sinto que esse sentido está se perdendo. Nesse dia de se guardar o silêncio, prá se lembrar que Ele sofreu por nós, vemos carros ouvindo axé, comemorando o feriado, engarrafamentos de trânsito nas estradas... Até a encenação da Paixão no autódromo virou show de música!
Tento não ser conservadora em minhas posições, sei que as pessoas mudam, mas uma parada prá refletir é necessária e só faz bem à alma.
Mil coisas...
E uma Páscoa de novas esperanças a todos.
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