29 de set. de 2009

Um grande absurdo que merece ser lido com atenção

Fica aqui uma boa pergunta:
-Porque somos tão passivos? Porque por mais que se denuncie, não nos mobilizamos e tomamos providências? Seríamos mesmo incapazes e pequenos frente a multinacionais tão poderosas?


DEBATE ABERTO
Agrotóxicos no seu estômago

Na safra passada, as empresas transnacionais (Basf, Bayer, Monsanto, Du Pont, Sygenta, Bungue, Shell...), comemoraram que o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Foram despejados 713 milhões de toneladas! Média de 3.700 quilos por pessoa.

João Pedro Stédile

Os porta-vozes da grande propriedade e das empresas transnacionais são muito bem pagos para todos os dias defender, falar e escrever de que no Brasil não há mais problema agrário. Afinal, a grande propriedade está produzindo muito mais e tendo muito lucro. Portanto, o latifúndio não é mais problema para a sociedade brasileira. Será? Nem vou abordar a injustiça social da concentração da propriedade da terra, que faz com que apenas 2%, ou seja, 50 mil fazendeiros, sejam donos de metade de toda nossa natureza, enquanto temos 4 milhões de famílias sem direito a ela.
Vou falar das consequências para você que mora na cidade, da adoção do  modelo agrícola do agronegócio. O agronegócio é a produção de larga escala, em monocultivo, empregando muito agrotóxicos e máquinas. Usam venenos para eliminar as outras plantas e não contratar mão de obra. Com isso, destroem a biodiversidade, alteram o clima e expulsam cada vez mais famílias de trabalhadores do interior.
Na safra passada, as empresas transnacionais, e são poucas (Basf, Bayer, Monsanto, Du Pont, Sygenta, Bungue, Shell química...), comemoraram que o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos agrícolas.
Foram despejados 713 milhões de toneladas! Média de 3.700 quilos por pessoa. Esses venenos são de origem química e permanecem na natureza. Degradam o solo. Contaminam a água. E, sobretudo, se acumulam nos alimentos.
As lavouras que mais usam venenos são: cana, soja, arroz, milho, fumo, tomate, batata, uva, moranguinho e hortaliças. Tudo isso deixará resíduos para seu estômago. E no seu organismo afetam as células e algum dia podem se transformar em câncer.
Perguntem aos cientistas aí do Instituto Nacional do Câncer, referência de pesquisa nacional, qual é a principal origem do câncer, depois do tabaco? A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) denunciou que existem no mercado mais de vinte produtos agrícolas não recomendáveis para a saúde humana. Mas ninguém avisa no rótulo, nem retira da prateleira.
Antigamente, era permitido ter na soja e no óleo de soja apenas 0,2 mg/kg de resíduo do veneno glifosato, para não afetar a saúde. De repente, a Anvisa autorizou os produtos derivados de soja terem até 10,0 mg/kg de glifosato, 50 vezes mais. Isso aconteceu certamente por pressão da Monsanto, pois o resíduo de glifosato aumentou com a soja transgênica, de sua propriedade.
Esse mesmo movimento estão fazendo agora com os derivados do milho.
Depois que foi aprovado o milho transgênico, que aumenta o uso de veneno, querem aumentar a possibilidade de resíduos de 0,1 mg/kg permitido para 1,0 mg/kg.
Há muitos outros exemplos de suas consequências. O doutor Vanderley Pignati, pesquisador da UFMT, revelou em suas pesquisas que nos municípios que têm grande produção de soja e uso intensivo de venenos os índices de abortos e má formação de fetos são quatro vezes maiores do que a média do estado.
Nós temos defendido que é preciso valorizar a agricultura familiar, camponesa, que é a única que pode produzir sem venenos e de maneira diversificada. O agronegócio, para ter escala e grandes lucros, só consegue produzir com venenos e expulsando os trabalhadores para a cidade.E você paga a conta, com o aumento do êxodo rural, das favelas e com o aumento da incidência de venenos em seu alimento.
Por isso, defender a agricultura familiar e a reforma agrária, que é uma forma de produzir alimentos sadios, é uma questão nacional, de toda sociedade.
Não é mais um problema apenas dos sem-terra. E é por isso que cada vez que o MST e a Via Campesina se mobilizam contra o agronegócio, as empresas transnacionais, seus veículos de comunicação e seus parlamentares, nos atacam tanto.
Porque estão em disputa dois modelos de produção. Está em disputa a que interesses deve atender a produção agrícola: apenas o lucro ou a saúde e o bem-estar da população? Os ricos sabem disso e tratam de consumir apenas produtos orgânicos.
E você precisa se decidir. De que lado você está?
(*) Artigo publicado originalmente no jornal O Globo
João Pedro Stédile
é economista e integrante da coordenação nacional do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).












e copiado do link  http://www.cartamaior.com.br/













22 de set. de 2009

Sabías, Bem-te-vis, beija-flores e música

Pode dizer que é lugar comum, pode falar que estou romântica, tra-lá lá como diziam de mim há tempos atrás, mas fato é que a primavera é inspiradora.


Ando falando de música com músicos, ando escutando música sempre, mas nada é tão bom quanto ouvir os pássaros namorando nas árvores por perto aqui de casa.
Outro dia cheguei em casa e antes de entrar pelo portão vi um casal de sabiás vasculhando meu pequenino pedaço de terra em busca de gravetos para o ninho. Um exemplo de companheirismo! Estavam os dois juntos, lado a lado. Infelizmente tive que vê-los voar porque não dava prá ficar parada na calçada contemplando...




Talvez o único pormenor seja o fato de acordarem tão cedo. Shakespeare já sabia disso... eles acordam antes dos primeiros raios de sol, providencial para que Romeu fugisse a tempo. Só que quem não precisa acordar às 4 não gosta muito...




Também não posso deixar de fora as maritacas, os bem-te-vis que adoram a ração do nosso cachorro, e os beija-flores que ficam no fio de luz esperando a oportunidade de bicar minha primavera(a planta) que agora está florindo. Flores!



Deixo prá falar de flores depois.


Bons trinados de primavera a todos!

2 de set. de 2009

Mutantes?!

Estudo sugere que todos os humanos 'são mutantes' Um estudo britânico e chinês sugere que cada ser humano possui pelo menos 100 mutações genéticas no DNA. Nos últimos 70 anos, vários cientistas vêm tentando chegar a uma estimativa precisa sobre a taxa de mutação nos humanos. 02/09 - 21:12 - BBC Brasil Acabei de ler essa notícia. Boa notícia, porque esses estudos podem explicar se as mutações encontradas tem relação com doenças como o câncer e outras doenças degenerativas. Também não pude deixar de pensar que essa descoberta pode esclarecer certos comportamentos que envergonham animais e que vem do ser humano, tais como destruir uma mata inteira, poluir um rio, por causa de valores e riquezas como ouro, por exemplo; ou pescar e caçar muito mais do que se é capaz de consumir; ou caçar por puro esporte; ou maltratar os outros animais por que se esquece de que também é um... Talvez também possa explicar o prazer pelo poder, a ambição, a capacidade de mentir e dissimular (que não se vê em nenhuma outra espécie), o rancor, e tantas outras características negativas que as outras espécies não tem. É, ainda é preciso evoluir muito...