23 de fev. de 2010

Esporte pouco espetacular

Eu falo pouco de esportes.
Mas quando criança, aprendi muito, por pura imersão, com tios, avôs e meu pai, que sempre gostou muito de ver e ouvir, principalmente futebol. Apesar do futebol, eu sempre me sentava ao seu lado quando ele assistia basquete, acho que sua verdadeira paixão. Conta a história da família que ele até se atrasou prá chegar ao seu próprio casamento por causa da final de um campeonato, em janeiro de 62.
Além do basquete, aprendi sobre o volei, sobre esportes de inverno em vídeos importados que a TV Bandeirantes sempre transmitia; sobre judô, atletismo, até boxe, que meninas acham bem violento... Tudo isso passava pelas TVs abertas para todos.
Hoje em dia precisamos garimpar pelas TVs por assinatura, quando se tem poder aquisitivo prá isso, para poder assistir a quaisquer outros esportes e fugir do futebol. Mesmo assim... Os programas esportivos só tem espaço para o futebol. O festival de asneiras que se ouve é digno de um tratado. Quando não acontecem partidas, como é o caso do período de festas, nem se tem assunto suficiente, sobra tempo e de repente você se depara com aberrações como o Richarlison(é assim mesmo?) cantando num Karaoquê.....ai ai... 
E agora fazem campanha para a paz nos estádios. E querem ainda que se leve a famíla....
Não dão opção nenhuma para a massa da população que só tem isso como lazer. Pensam em futebol a semana inteira. Comem e bebem futebol. Muito dinheiro rola através do futebol. Para poucos, claro.
Quantos daqueles envolvidos nas brigas vão ao cinema ou ao teatro ao menos uma vez por mês?
Quantos livros lêem por ano?
Que tipo de música escutam?
Qual seu grau de escolaridade e de lucidez?
Mas, quanto custa mesmo uma entrada no estádio??
é de chorar...



19 de fev. de 2010

Espaço público

Um dos objetivos desse blog é servir como espaço de reflexão, expressão de opinião e às vezes indignação.
Hoje é a vez da indignação.
Estava eu no trânsito voltando prá casa depois de deixar meus filhos na escola às 7:30 da manhã, quando o carro parou no farol. Distraida, olhei pro lado. Eis que me deparo com um imenso bilau de um jovem urinando no espaço público virado para o asfalto.
Alguns dirão: - Ora, isso é bem comum, acontece sempre...  E é. Mas algumas pessoas que fazem isso ao menos tentam se esconder um pouco, em arbustos ou locais mais escuros, até atrás de postes, como os cães... que é prá tentar não chocar tanto. Mas acontece que eu estava em plena Av. Brás Leme, espaço recentemente reurbanizado, com pistas para caminhadas e bicicletas, onde babás levam seu bebês para passear. 
O indivíduo estava virado para o trânsito ao espaço aberto e nem ai prá ninguém. Até pode-se perdoar homens sem-teto e sem opção de educação, que fazem esse tipo de "atividade"... O garoto em questão não aparentava nenhum distúrbio. Era um sujeito comum, e mesmo sendo uma visão rápida (é claro que ninguém encara uma situação dessas por mais de 2 segundos) pude perceber que devia estar indo trabalhar, ou estudar. Bem natural e despreocupado, aliás, deve até ter dado a mão prá cumprimentar seus chegados logo em seguida. Imundice total. Descaso com o espaço público, inclusive dos governantes que ignoram esse comportamento, que infelizmente é encarado como parte da paisagem...
Parece que mais pessoas compartilham dela (a indignação) tanto que esse ato até virou lei em alguns lugares mais civilizados. Aqui, nem sei se é ou não lei.  Fato é que nunca vi ninguém preso ou sequer repreendido por isso.
Fiquei pensando se eu, mulher, iria presa por atentado ao decoro público se resolvesse me aliviar onde me aprouvesse.... Quase certeza que sim.
E mais certeza ainda eu tenho, que o espaço público é de ninguém, por isso, desprezado por todos. Todos mesmo. Vale lembrar das reclamações em relação ao lixo e suas consequências quando das enchentes.
Feminismo? Machismo? Moralismo? Saúde Pública? Respeito? Façam seus lances...
É isso ai.

10 de fev. de 2010

Viola na nuvem

Acordar cedo não é dos meus esportes preferidos. Mas tenho que me esforçar pela garantia da rotina funcionar bem aqui em casa. Mas acordar com a notícia da morte do Pena Branca foi bem ruim.
Fiquei bem triste.
Devia haver um decreto para que pessoas boas e com trabalhos bonitos permanecessem por muito tempo entre nós. Ao menos fica seu belo trabalho. Ainda bem,  gravada, premiada, reconhecida em vida.
Ele agora alegra o andar lá de cima junto com seu irmão Xavantinho.
Nas nuvens.

YouTube - E A MATA GEMEU - PENA BRANCA E XAVANTINHO

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