27 de abr. de 2009

Carteira de identidade

Sempre ouvi muita música.
Ando ouvindo muito choro. E valsas brasileiras, maxixes, polcas, gafieira, sambas.
São fases. Em alguns momentos escutamos frevos, cocos, marchas-rancho, canções. Em outros instrumentais, mpb mais moderna, ciranda...
Quanto mais ouço, mais gosto e percebo o quanto esse universo é apaixonante.
E o quanto o brasileiro é ignorante de suas riquezas. As coisas nessa seara continuam as mesmas que há 500 anos atrás. Tínhamos muito pau-brasil, ninguém dava valor- levaram. Tínhamos ouro nem sabíamos o valor- levaram. Temos diversidade de flora e fauna- vivem levando (uns tempos atrás tiveram a cara dura de registrar o nome "rapadura" lá fora e sei que queriam o nome "cupuaçú" também). Talentos, aos montes fazem sucesso e carreira fora e aqui só meia duzia reconhecem o valor ou nem isso.
Quem de nossos jovens conhece mais de três choros? Sabem que Chiquinha Gonzaga existiu, por conta da TV. Tudo o que é feito fora ainda é visto como melhor. Nossa auto-estima é ainda baixa demais.
E a mídia, poderosa mídia, manda nossos jovens escutarem aqueles duendes anêmicos com suas caras e bocas cantarem realidades tão distantes... Ou aquelas loiras com quilos de maquiagem e silicone, com beiços de bottox e abusando de ginastica vocal prá dizer que cantam...
Que fique claro: gosto de muitas produções, aliás, do mundo todo. Só não entendo porque se tem que aceitar tudo apenas porque a mídia quer, ou porque está na moda, ou porque toca na novela...
Fato, é que nossa música é rica, variada, colorida, linda. Precisamos nos valorizar mais.
E resgatar nossa memória e a história. Nossa identidade.
Quem não conhece a si mesmo não é capaz de se encontrar, não é isso?

15 de abr. de 2009

Leveza

Prá ficar leve...
Não sei de onde vem, nem quem é, mas com certeza nos faz bem.

Essa eu sei de onde vem...

E também me faz bem.